Não só de fornecedores vive uma concessionária ou revendedora. A abertura para comprar ou trocar carros seminovos diretamente com os clientes oferece maior dinamicidade ao negócio, além de possibilitar a ampliação da variedade de modelos no portfólio da loja. Para isso, o revendedor precisa de olhos atentos aos detalhes que definem o preço de compra, com boa margem de lucro na revenda.
Além da aparência, informações como valorização do modelo no mercado atual, quilometragem rodada pelo veículo, estado de conservação, alterações realizadas, ano de fabricação e proprietários anteriores são fatores que precisam ser considerados para a compra de carros seminovos para revenda.
Por um lado, é preciso conhecer em detalhes o automóvel que passará a fazer parte do catálogo, por outro, são esses detalhes que podem exigir um maior investimento com manutenção antes de ofertar a um novo comprador ou ainda desvalorizar o veículo no momento da revenda.
Por isso, confira as dicas que a OLX preparou para que você saiba exatamente o que considerar sobre o preço de carros seminovos.
Guia rápido: avaliação e revenda de carros seminovos
Este conteúdo serve como um guia, que poderá ser consultado sempre que for necessário negociar com alguém que deseja vender ou trocar seu seminovo na concessionária. É o revendedor que define o preço do veículo, com base em critérios que vão garantir que aquela aquisição não gere prejuízos no futuro.
A compra de um carro seminovo para revenda já inclui gastos fixos mensais pelo tempo que ele ficar parado no pátio da concessionária, como revisão, lavagem e higienização. Além disso, a garantia ao novo comprador e a desvalorização do veículo mês a mês são custos que interferem diretamente no bolso do revendedor. Assim, é preciso muito pé no chão para negociar carros seminovos para compra ou troca.
A seguir, os critérios de avaliação que precisam ser considerados na compra e venda de carros seminovos.
1. Quilometragem

A quantidade de quilômetros rodados pelo veículo é o primeiro critério de análise, pois indica o nível de desgaste e a vida útil restante.
- Vida útil de veículos dos anos 80 e 90: 160 mil km.
- Vida útil de veículos a partir de 2000: de 300 a 400 mil km.
Carros que circulam cerca de 12 mil km por ano são considerados pouco rodados e não desvalorizam tanto por esse fator. Carros que acumulam acima de 100 mil km rodados já são bastante desvalorizados na revenda, ainda que ainda tenham muito tempo de uso pela frente.
2. Ano do veículo
Carros seminovos com 15 anos ou mais de estrada têm seu valor bastante depreciado no momento da avaliação. Isso porque quanto mais antigo o veículo, menores as possibilidades de futuros proprietários conseguirem financiamento e maior a necessidade de garantia.
3. Estado de conservação
Os veículos que passaram por revisões periódicas criteriosas e têm as manutenções em dia costumam ser mais bem avaliados na revenda. Como revendedor, você precisa subtrair do valor de compra cada um dos orçamentos de manutenção, tanto no que diz respeito a avarias na funilaria, pintura, aparência e itens de série (bancos, lâmpadas, tapetes etc) quanto em relação à mecânica.
4. Alterações
Há alterações que, sem dúvidas, significam uma desvalorização no valor de revenda do veículo. Suspensão rebaixada, blindagem e envelopamento são modificações em veículos que levam à depreciação do valor final, pois são características pouco procuradas pelos consumidores, o que dificulta a venda.
Personalizações como troca dos bancos, melhoria nos equipamentos de som, introdução do sistema de conectividade, entre outras, podem até gerar apreciação, a depender de terem sido feitas de maneira a não influenciar no funcionamento do carro, gerando sobrecarga da bateria ou outros problemas oriundos da alteração.
5. Histórico do veículo
Carros provenientes de leilão são automaticamente desvalorizados na revenda, afinal, não se pode aplicar um valor médio de mercado em um veículo que passou meses parado e foi leiloado por um preço muito inferior.
Do mesmo modo, veículos que já passaram por acidentes graves, que interferiram no motor e outros componentes essenciais, também sofrem desvalorização, pois as chances de continuarem dando problemas mecânicos são muito maiores.
Assim, o histórico do veículo precisa ser avaliado com atenção e transparência para a precificação do seminovo.
6. Marca e modelo
Alguns veículos são mais valorizados pela oferta e demanda. Carros populares de marcas reconhecidas entre os brasileiros são de venda garantida, o que elimina o risco de ficarem muito tempo parados, perdendo em valor e gerando mais custos de manutenção.
Um carro pouco conhecido e mais extravagante tem menos chances de ser vendido em curto prazo, por isso, deve ter seu preço avaliado com uma margem de desconto que garanta sua manutenção por alguns meses sem que cause prejuízos ao revendedor.
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7. Tabela FIPE
A tabela FIPE oferece uma média nacional dos preços repassados ao consumidor final. Assim, dificilmente um revendedor deve comprar carros seminovos para revenda pelo valor da FIPE, a não ser que aquele modelo seja bastante valorizado na região e tenha todos os outros itens da avaliação dentro dos critérios esperados.
Dessa forma, considere a FIPE como referência, mas leve em conta as tendências do mercado na região em que seu negócio está localizado, assim como as condições e os recursos do automóvel.
Dica extra: carros seminovos OLX
Para saber o preço de carros seminovos, confira a média de valores de veículos nas mesmas condições anunciados na OLX. A plataforma digital que mais vende carros no Brasil é um bom termômetro de precificação por região, de acordo com cada modelo e marca.
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